mercredi 30 août 2006

 

Aprendendo a Esperar

Estamos meio sumidos, né? É, estamos sim. É que essa espera muitas vezes se torna muito comprida. Isso mesmo, às vezes parece que nunca vai acabar. É a tal da ansiedade humana. Com toda fé que temos, muitas vezes ficamos muito ansiosos, contando os dias e na expectativa. Talvez seja porque estamos com nossas vidas paradas, apenas aguardando. Você vai perguntar: Mas por que está parada? Faz alguma coisa. Corre atrás. Pois é, já até tentamos. Nossa vinda aqui para Vitoria foi parte desse processo de retomada de vida. Transformação, renovação, momento de re-avaliar valores, modo e qualidade de vida, e por aí vai. A vida lá no Rio estava muito distorcida. Para ganhar, acabamos por perder muitas coisas e deixamos muitos ideais, sonhos e compromissos pessoais para trás. Juntos, eu e meu marido entendemos que era hora de retomarmos as rédeas, re-organizar as idéias, e re-construir nossos valores. Assim decidimos vir para essa cidade que tem nos proporcionado uma vida mais tranqüila. Por algum motivo que só o Comandante lá em cima sabe nossos projetos, para quando chegássemos aqui, não se completaram. Tentamos algumas outras coisas, mas nada tomava rumo. O tempo foi passando, a sobrinha do Luiz lá no Canada (Monica), sempre falando: vem pra cá, aqui é bom, você vai gostar. Ele decidiu-se. Foi lá, ficou um mês e voltou dizendo: vamos tentar ir viver lá. Os que acompanham o nosso blog conhecem essa estória. Depois dessa decisão, ainda tentamos alguns empregos, alguns empreendimentos, mas depois concluímos que devíamos concentrar toda nossa energia, atenção e esforços, nesse projeto. Assim estamos. Fizemos um pouco de francês no semestre passado, na Aliança Francesa, mas depois percebemos que como faltam apenas alguns meses para a nossa resposta final pelo Consulado, não deveríamos gastar tanto dinheiro (afinal éramos 2 a estudar) já que estamos aplicando pelo federal e teremos oportunidade de estudar francês lá mesmo, se for o caso, já que sempre podemos tentar ficar numa província anglofônica. Ainda não decidimos exatamente onde ficar. A princípio queremos ir para Montreal encontrar nossos parentes, pousar lá, conversar muito e depois decidir.
Bem, retomando, assim estamos naquela fase que não podemos agir (vender coisas, comprar coisas, investir em projetos a médio ou longo prazo, etc.) mas ao mesmo tempo sabemos que há tanto a fazer. Então, como estamos enfrentando essa etapa?
Luiz aceitou ser síndico do prédio onde moramos: há muitas coisas a serem feitas e consertadas aqui. Esse virou o "job" dele. Nosso sobrinho lá do Canadá, falou que isso é bom, pode até colocar no curriculum quando lá estiver. Eu tenho me envolvido com ações sociais na igreja que freqüento (gosto muito dessas coisas) e com a música também. Canto no coral, faço parte de um grupo de música também da igreja, e estamos preparando a Cantata de Natal. Assim o tempo passa. Meu filho? Bem, esse está mais ansioso ainda depois que esteve lá e conheceu o país. Está estudando, se interessando em conhecer um pouco mais sobre os grupos musicais, artistas e etc. de lá. Mantém contato com um amigo que fez quando de sua visita agora em Julho e assim vai alimentando suas esperanças. Quase todo dia me pergunta: mãe, você acha que a gente vai mesmo? A resposta: só Deus sabe. Mas realmente precisamos nos preparar para todas as possibilidades. Depois que tivemos nossos vistos americanos negados, sabemos que tudo é possível (olha a ansiedade!!!). Vamos fazer o seguinte: porque vocês não nos mandam comentários de esperança, experiência, opinião, etc.? Assim, quando ficarmos meio "desanimadinhos" lemos os comentários de vocês e reanimamos. Vocês podem ser nossos "movedores". Que tal? Obrigada a todos, desde já.

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